Vendas online dobram e levam Magazine Luiza ao lucro no 1º trimestre

O Magazine Luiza passou de prejuízo para lucro no primeiro trimestre, graças às vendas online, que dobraram no período. A companhia anunciou lucro líquido recorrente de R$ 81,5 milhões de janeiro a março, ante prejuízo de R$ 8 milhões no mesmo período de 2020.

Sem considerar os ajustes, o lucro no período foi de R$ 258,6 milhões. Já a geração de caixa (medida pelo Ebitda) saltou 56%, para R$ 427,2 milhões em comparação com 2020.

Apesar do recrudescimento da pandemia da covid-19, que obrigou o grupo a fechar algumas de suas lojas no trimestre, as vendas subiram 62,8%, para R$ 12,5 bilhões, em dados que incluem o seu marketplace (que vende mercadorias de terceiros). A empresa disse, em comunicado, que suas vendas online representaram 70,3% do total, 17 pontos porcentuais acima do ano passado, chegando a R$ 8,8 bilhões.

Segundo o presidente executivo do Magazine Luiza, Frederico Trajano, a rápida integração dos varejos físico e digital da companhia, desde o fim de março de 2020, época da primeira onda da pandemia, se traduziu numa operação sustentável.

“A gente esperava já ter tido no primeiro trimestre um período pós-pandemia e não foi o que aconteceu”, disse Trajano. “Mas ganhamos market share e conseguimos gerar caixa.”

O executivo citou que os investimentos do grupo em https://sindeprestem.com.br/wp-content/uploads/2020/10/internet-cyber-network-3563638-1.jpg e logística o ajudaram a elevar o porcentual das entregas feitas em um dia de 5% para 51% do total em 12 meses. “Estamos acelerando muito os investimentos para reduzir ainda mais os prazos de entregas, que ainda estão longe do ideal, se compararmos com mercados como de EUA e China”, afirmou.

Segundo ele, além de bases de comparação mais fracas de 2020 a partir do segundo trimestre, quando as lojas físicas seguiram fechadas na maior parte do tempo, os resultados ao longo do ano devem refletir a expansão de iniciativas recentes, como a integração de serviços de supermercados e entrega de refeições, além do crescimento da rede de vendedores terceiros no marketplace, que já dobraram o número de itens para 30 milhões.

O ESTADO DE S. PAULO

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