Todas regiões do país têm saldo positivo de emprego

O mercado de trabalho brasileiro registrou em maio a abertura de 280.666 vagas com carteira assinada. Com isso, o saldo de contratações no acumulado do ano ficou positivo em 1,233 milhão de postos. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) foram divulgados ontem pelo Ministério da Economia. O resultado foi novamente comemorado pelo governo. O ministro da Economia, Paulo Guedes, classificou a notícia como “excelente”. “É a economia brasileira se levantando”, afirmou. Para ele, está confirmado que a recuperação é abrangente. “O ritmo está bastante rápido.”

O resultado de maio foi puxado pelo setor de serviços, que no mês registrou saldo positivo de 110.956 postos. No comércio foram criadas mais 60.480 vagas. Além disso, foram 44.146 postos na indústria, 42.526 na agricultura e 22.611 na construção. A criação de vagas também foi disseminada entre as regiões, com resultados positivos em Sudeste (161.767), Sul (36.929), Nordeste (37.266), Norte (17.800) e Centro-Oeste (26.926).

O secretário especial de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco, avaliou que a geração de empregos formais “certamente” eleva também a geração de empregos informais, “que estão gravitando em torno do setor formal”. Ele destacou que novas medidas voltadas ao mercado de trabalho estão sendo desenhadas, além de ações estruturais em andamento. Sobre o bônus de Inclusão Produtiva (BIP) e de Incentivo à Qualificação (BIQ), que são a nova política para empregar 2 milhões de jovens, disse que há recursos, mas falta definir detalhes operacionais e obter o sinal verde do presidente Jair Bolsonaro para o lançamento.

Bianco voltou a destacar o papel do Benefício Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (BEm) nos resultados de mercado de trabalho. Desde que o BEm foi reeditado, no fim de abril, já foram 2,6 milhões de novos acordos fechados, a maior parte no setor de serviços. Embora haja a intenção de manter o BEm como um mecanismo a ser acionado em caso de novas calamidades, o governo não acredita que será necessário prorrogá-lo neste ano, disse Bianco.

VALOR ECONÔMICO

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