A Fenaserhtt esteve presente no terceiro dia da WEC 2025, com ênfase em inovação e transformação digital aplicadas ao recrutamento

Com presença nas discussões estratégicas, a Fenaserhtt contribuiu para os debates sobre produtividade, inovação, IA e o futuro dos modelos de negócio no mercado de trabalho. A Fenaserhtt marcou presença no terceiro dia da World Employment Conference 2025 (WEC 2025), realizada na cidade de Cape Town, África do Sul, nos dias 8 a 10 de abril. Representando a Federação, estiveram presentes o vice-presidente Danilo Padilha e o diretor financeiro Fernando Calvet, que acompanharam de perto a programação promovida pela APSO – Federação Africana, entidade anfitriã da edição deste ano. Com o tema “Resetting for Growth – Navigating the Future of Work Together”, a conferência reuniu lideranças globais, especialistas e representantes institucionais dos cinco continentes para debater os caminhos da transformação digital, os impactos da inteligência artificial e os novos modelos comerciais que estão redesenhando o papel das empresas de recrutamento, trabalho temporário e soluções de talentos em todo o mundo. Um setor em transformação: o recrutamento como consultoria estratégica O ponto alto da programação foi a palestra do britânico James Osbourne, Chairman da The Recruitment Network, que apresentou o painel “Creating Future-Fit Recruitment Companies”, trazendo uma reflexão profunda sobre como as empresas do setor podem — e devem — se adaptar a um cenário de rápidas transformações tecnológicas, mudanças de comportamento dos clientes e reconfiguração das cadeias de valor no mundo do trabalho. Osbourne defendeu que o setor precisa superar métricas tradicionais, muitas vezes voltadas apenas ao volume ou crescimento nominal, e adotar uma mentalidade mais orientada à produtividade sustentável, rentabilidade real e entrega de valor consultivo. “A produtividade não é apenas uma métrica operacional, mas uma estratégia competitiva. As empresas que souberem gerar mais resultados com menos recursos serão as protagonistas da próxima década”, afirmou o palestrante. Em sua apresentação, Osbourne enfatizou que o recrutador contemporâneo precisa atuar como consultor estratégico, amparado por dados, ferramentas tecnológicas e metodologias que permitam ampliar sua capacidade de entrega, personalizar o atendimento ao cliente e gerar inteligência sobre o mercado de talentos. Inteligência artificial como alavanca, não como substituta Um dos pontos centrais da discussão foi o uso da inteligência artificial (IA) como diferencial estratégico para empresas do setor. Segundo Osbourne, a IA não representa uma ameaça ao trabalho humano, mas sim uma ferramenta poderosa para aprimorá-lo. “A IA não substituirá os recrutadores. Mas recrutadores que utilizam IA substituirão os que não utilizam”, destacou, reforçando a importância de incorporar tecnologias que automatizam tarefas operacionais, otimizam processos e oferecem insights de alto valor. Foram citadas ferramentas amplamente utilizadas no exterior, como Otter.ai, Fireflies, Notion AI, Zapier, Make.com e versões customizadas do ChatGPT, todas com aplicações diretas no recrutamento consultivo, no relacionamento com candidatos e clientes, e na análise de performance das equipes. A mensagem central é clara: a tecnologia deve ser vista como aliada estratégica, e não como inimiga da profissão. Modelos comerciais emergentes: repensando o posicionamento das agências Outro momento relevante do dia foi o painel “Ideas and Inspirations from Up Over & Down Under”, que contou com a participação de Charles Cameron (CEO da RCSA – Austrália e Nova Zelândia) e Neil Carberry (CEO da REC – Reino Unido). Ambos apresentaram uma visão franca sobre os desafios e oportunidades enfrentados pelas agências de recrutamento em seus respectivos países, destacando que os modelos tradicionais já não dão conta das demandas atuais do mercado. Segundo os palestrantes, as empresas precisam se reposicionar não apenas como prestadoras de serviço, mas como parceiras estratégicas de seus clientes, oferecendo soluções customizadas, baseadas em dados, tecnologia e capacidade de gerar valor além da intermediação de mão de obra. Foram apresentados cinco modelos comerciais emergentes que vêm sendo testados e adotados nos principais mercados globais: Esses formatos, segundo os especialistas, refletem uma nova mentalidade de negócio, mais próxima das práticas do setor de tecnologia e consultoria, e menos dependente da simples alocação de candidatos. Painéis da Austrália, Reino Unido e LinkedIn Ainda no terceiro dia do WEC 2025, os representantes da Austrália, Reino Unido e LinkedIn trouxeram contribuições valiosas sobre o futuro do setor de recrutamento. Charles Cameron, CEO da RCSA, destacou que o mercado australiano enfrenta desafios como a baixa migração e a escassez de talentos, o que tem impulsionado a demanda por soluções mais completas, ágeis e com menor custo. Com regulamentações mais rígidas e altos custos operacionais, as agências têm buscado novos modelos comerciais baseados em monetização de dados, consultoria sob demanda e contratos com exclusividade. Já Neil Carberry, CEO da REC no Reino Unido, reforçou que o setor britânico vive um processo de reposicionamento estratégico. Mesmo após anos de retração, o mercado aponta para um futuro em que as agências se transformam em consultorias especializadas, adotando tecnologia como aliada para aumentar a produtividade, reduzir custos e entregar valor consultivo aos clientes. Encerrando o painel, Adam Hawkins e Audrey Lartey, do LinkedIn, abordaram a transformação do papel do recrutador, que deixa de ser um executor operacional para se tornar um verdadeiro estrategista de talentos. A inteligência artificial e o uso de dados são protagonistas dessa mudança, automatizando tarefas repetitivas e permitindo que o profissional atue com mais profundidade na análise, relacionamento e tomada de decisões. O painel reforçou a urgência de uma cultura de inovação contínua, mentalidade consultiva e fluência tecnológica como pilares do novo cenário do recrutamento global. A presença da Fenaserhtt A participação da Fenaserhttna WEC 2025 reforça o compromisso institucional da Federação com a atualização permanente, o diálogo internacional e o fortalecimento das empresas brasileiras diante das transformações globais que impactam diretamente o setor. Para o vice-presidente Danilo Padilha, a experiência foi enriquecedora: “O que vemos aqui são tendências que, em breve, chegarão ao Brasil. Estar presente nesse ambiente nos permite antecipar movimentos, entender as melhores práticas internacionais e orientar nossos associados com mais assertividade”, afirmou. O diretor financeiro Fernando Calvet complementou: “A adoção de inteligência artificial e novos modelos comerciais já é realidade em muitos países. Precisamos preparar nosso setor para essa transição, com responsabilidade, estratégia e visão de futuro.” Confira a programação oficial do dia: www.apsoevents.com/APSO-ConPro-A4-Landscape.pdf

Inteligência artificial e o futuro do trabalho: capacitação é chave para minimizar impactos

Especialistas defendem investimento em qualificação para mitigar efeitos da automação no emprego. O avanço da inteligência artificial levanta incertezas sobre o impacto no mercado de trabalho, mas economistas e líderes políticos acreditam que a solução está na qualificação profissional. Durante a Global Labor Market Conference (GLMC), realizada em Riad, na Arábia Saudita, especialistas enfatizaram a importância de programas de “upskilling” e “reskilling” para preparar trabalhadores para as novas demandas da economia digital. A cooperação entre governos e setor privado será essencial para garantir que os benefícios da tecnologia sejam amplamente distribuídos. Leia a matéria na íntegra

Cinco cursos gratuitos para dominar IA e impulsionar sua carreira

Com 90% das empresas planejando aprimorar habilidades da força de trabalho, oportunidades em inteligência artificial se tornam essenciais. A inteligência artificial continua revolucionando o mercado de trabalho, criando novas oportunidades e demandando profissionais com habilidades atualizadas. Segundo o relatório “Futuro do Trabalho 2025”, do Fórum Econômico Mundial, nove em cada dez empresas brasileiras pretendem investir no desenvolvimento de competências de seus funcionários nos próximos cinco anos. Para acompanhar essa transformação, a revista Forbes selecionou cinco cursos gratuitos que capacitam profissionais em IA, permitindo que se posicionem à frente das mudanças tecnológicas e assumam um papel ativo nesse novo cenário. “A IA afetará todas as funções de trabalho, e a qualificação é necessária para cada pessoa, independentemente de sua idade ou profissão, ou se ela está na faculdade, é estudante de pós-graduação ou está em sua carreira”, diz a vice-presidente e diretora de impacto da IBM, Justina Nixon-Saintil à revista Forbes. Leia a matéria na íntegra