Modelo 100% home office é realidade de poucos hoje em dia

Valor Econômico

Levantamento com mais de 1.500 profissionais em regime CLT mostra que a maioria já está no presencial

Por Adriana Fonseca

O modelo totalmente home office é uma realidade para apenas 9% dos profissionais entrevistados em uma pesquisa da Onze, fintech de saúde financeira e previdência privada, que ouviu 1.595 pessoas com regime de contrato CLT de todo o Brasil. Entre os respondentes, que trabalham em empresas de diferentes tamanhos, 67% já retornaram ao modelo presencial e a adoção ao modelo híbrido está se divide igualmente entre maior parte da semana home office e alguns dias presenciais, maior parte da semana presencial e alguns dias de home office, e modelo híbrido com total flexibilidade sobre os dias presenciais.

Apesar da a maior parte dos respondentes já ter retornado ao presencial, a percepção sobre o modelo home office ou híbrido é positiva. Para 53% dos entrevistados a rotina de trabalho melhorou com a adoção do home office ou modelo híbrido, e apenas 8% indicaram que a rotina piorou.

A pesquisa quis entender qual seria a reação dos empregados se a empresa em que trabalham optasse por cortar totalmente a possibilidade de home office. Entre os pesquisados, 73% indicaram que ficariam no mesmo emprego sem problema nenhum; 18% afirmaram que continuariam no mesmo emprego, mas ficariam incomodados; 6% indicaram que procurariam outro emprego.

Há, no entanto, uma diferença por gerações. O corte do home office seria um incômodo maior para os Zs (que nasceram a partir da segunda metade da década de 90): 7% trocariam de emprego, 37,2% ficariam no mesmo emprego, mas incomodados com a mudança e 53% ficariam no mesmo emprego sem nenhum incômodo. Entre a geração X (nascidos entre 1965 e 1981), 82% ficariam no mesmo emprego sem nenhum incômodo.

Segundo os respondentes, os principais benefícios do home office são menos tempo investido em deslocamento (64%), qualidade de vida (53%) e mais tempo com a família (47%).

Já os maiores desafios do home office são as distrações da casa (49%), manter uma boa comunicação no time (37%) e problemas com a conexão de internet (33%).

Ainda que o auxílio home office esteja mais comum, entre os respondentes, apenas 25% recebem o benefício e 38% dos entrevistados indicaram que a empresa não fornece nenhum equipamento para o trabalho remoto. Para quem recebe, o mais comum é receber o notebook/computador para exercer as atividades (49%):

Auxílio home office

Notebook/computador 49%
Acessórios (mouse, fone, teclado) 30%
Cadeira 14%
Monitor adicional 11%
Mesa ou apoio para mesa de trabalho 9%

Fonte: Fintech Onze

O estudo mostra que, entre os respondentes de cargos estratégicos, a adoção do modelo home office/híbrido foi maior. A migração da função para o modelo home office durante a pandemia foi uma realidade para 56% dos entrevistados com renda superior a 6 salários mínimos e para 84% dos respondentes com renda superior a 10 salários mínimos. Já entre os respondentes que recebem entre 1 e 3 salários mínimos e entre 3 e 6 salários mínimos, a migração foi realidade para 24% e 38%, respectivamente.

https://valor.globo.com/carreira/noticia/2022/06/07/modelo-100percent-home-office-e-realidade-de-poucos-hoje-em-dia.ghtml

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