Em médias móveis trimestrais, o indicador subiu 3,7 pontos, o quarto resultado positivo seguido. Já a confiança de serviços tem 4ª alta mensal, mas perde força.
Por Valor Online, g1
O Índice de Confiança do Comércio (ICOM), medido pelo Instituto Brasileiro de Economia da FGV (FGV/Ibre), avançou 4,6 pontos em junho, para 97,9 pontos, após marcar 93,3 pontos um mês antes. Este é o maior nível desde agosto de 2021, quando chegou 100,9 pontos.
Em médias móveis trimestrais, o indicador subiu 3,7 pontos, o quarto resultado positivo consecutivo.
Em junho, a alta foi disseminada em todos os seis principais segmentos da pesquisa. O resultado positivo no mês foi influenciado tanto pelo avanço do Índice de Situação Atual (ISA-COM) quanto do Índice de Expectativas (IE-COM). O ISA-COM subiu 7,4 pontos, chegando a 108,5 pontos, maior patamar desde julho de 2021 (108,7 pontos). Já o IE-COM avançou 1,8 ponto, atingindo 87,5 pontos.
“A confiança do comércio engatou a segunda alta consecutiva no final da primeira metade do ano. A melhora ocorre nos dois horizontes temporais, mas em maior intensidade nos indicadores que medem a percepção com o volume de vendas no momento”, avalia o economista Rodolpho Tobler.
“O ISA-COM acumula alta de mais de 30 pontos nos últimos quatro meses, recuperando o que foi perdido na desaceleração ocorrida entre o final de 2021 e início de 2022”, acrescentou.
Confiança de serviços tem 4ª alta mensal em junho, mas perde força
Já a confiança do setor de serviços do Brasil registrou em junho a quarta alta mensal e foi ao melhor nível desde o final do ano passado, embora o ritmo de melhora tenha perdido força, mostrou a FGV.
Em junho, o Índice de Confiança de Serviços (ICS) subiu 0,4 ponto e foi a 98,7 pontos, máxima desde outubro de 2021 (99,1 pontos).
“A confiança dos empresários do setor serviços encerra o segundo trimestre em alta, mas em ritmo inferior ao observado nos últimos meses e concentrado em alguns segmentos”, disse o economista da FGV Ibre Rodolpho Tobler em nota.
“O resultado positivo de junho foi influenciado pela melhora das expectativas com os próximos meses, enquanto a percepção sobre o momento presente se mantém igual ao mês anterior”, completou.
A FGV informou que o Índice de Situação Atual (ISA-S), indicador da percepção sobre o momento presente do setor de serviços, ficou estável e manteve o mesmo nível do mês anterior, em 98,1 pontos.
Já o Índice de Expectativas (IE-S), que reflete as perspectivas para os próximos meses, subiu 0,8 ponto, para 99,3 pontos, maior nível desde novembro de 2021 (100,9 pontos).
“Nos dois horizontes há uma aproximação com o nível neutro de 100 pontos, mas ainda é preciso cautela. O ambiente macroeconômico desfavorável e a incerteza em relação aos próximos meses podem segurar o ritmo de recuperação da confiança do setor”, completou Tobler.
Segundo dados do IBGE, o volume de serviços no Brasil registrou crescimento pelo segundo mês seguido em abril, de 0,2%, beneficiando-se da reabertura econômica. Mas iniciou o segundo trimestre em ritmo abaixo do esperado.