Black Friday: Shoppings estimam alta de 19% nas vendas, e setor deve movimentar R$ 2,9 bi

Valor Econômico –

Os shoppings estimam um crescimento de 19% nas vendas com a Black Friday nesta semana, na comparação com a mesma data do ano passado. É o que aponta a Pesquisa de Expectativas Black Friday 2021, da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), feita em todo o país.

O setor deve movimentar R$ 2,9 bilhões entre a próxima quinta-feira e o domingo, dia 28. E os descontos oferecidos pelos lojistas devem ficar na ordem de 40%, podendo chegar a 70% em alguns casos. Mesmo se for considerada a inflação no período — acumulada em 10,67% nos últimos 12 meses — a expectativa é de expansão do volume de vendas, da ordem de 7% sobre 2020, acrescenta a Abrasce.

Em relação à Black Friday de 2019, porém, a estimativa é de recuo de 13% nas vendas. Esse resultado já era esperado, pois naquele ano o desempenho foi considerado muito bom. Ainda assim, os números demonstram que há um otimismo maior do que nas datas comerciais comemorativas anteriores: no Dia das Mães, diz a Abrasce, a baixa esperada era de 19% em relação a 2019. No Dia dos Namorados, a expectativa era de queda de 23%; e para o Dia dos Pais, a redução estimada era de 15% em comparação a dois anos atrás.

O levantamento também estima que as vendas nos shoppings devem resultar em um tíquete médio de R$ 242, o que representa um valor 5,2% maior que os R$ 230 do ano passado e 4,3% superior ao registrado em 2019, quando as vendas médias foram de R$ 232.

O presidente da Abrasce, Glauco Humai, classifica como importante as perspectivas do setor para a data pois demonstra que o varejo está em plena recuperação, como também há uma predisposição dos consumidores em retornarem cada vez mais aos shoppings para efetuarem suas compras e para curtirem as opções de lazer, com o avanço da vacinação e a redução no número de casos de covid no país.

Segundo Humai, muito mais que bons números, é uma perspectiva cada vez mais sólida de um crescimento contínuo no setor. “Os lojistas e empresários estão animados com o crescimento nas vendas e com o retorno da população, movimento que resulta em vendas, emprego e manutenção de investimentos no varejo brasileiro. A Black Friday é um bom termômetro para as vendas de fim de ano e 2022”.  

Os destaques de vendas este ano devem ficar por conta dos eletrônicos, eletrodomésticos e vestuário. A maioria das lojas deve optar por dois canais de vendas: o delivery (55%) e o marketplace/vendas on-line (53%).

No caso do e-commerce, a expectativa é de crescimento significativo nas vendas e no faturamento na Black Friday deste ano.  De acordo com levantamento da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), as lojas virtuais do país devem movimentar R$ 6,38 bilhões apenas nas 24 horas desta sexta-feira.

Isso representa um crescimento de 25% em relação ao faturamento registrado em 2020, que já havia sido positivo em razão da aceleração digital provocada pela pandemia de covid-19. Na ocasião, as vendas passaram de R$ 5,1 bilhões.

Ao todo, acrescenta a ABComm, mais de 10,28 milhões de pedidos serão concluídos ao longo da Black Friday, com um tíquete médio de R$ 620. No ano passado, o valor médio foi de R$ 668,70.

Nas compras on-line, as categorias mais procuradas pelos consumidores no período são informática, celulares, eletrônicos, moda e acessórios e casa e decoração. Presidente da ABComm, Maurício Salvador ressalta que, mesmo com o avanço da vacinação e a retomada do varejo físico, até os consumidores mais reticentes ao digital já assimilaram a Black Friday como uma oportunidade de encontrar bons produtos com desconto vantajoso.

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