Artigo: RETORNO SOBRE O INVESTIMENTO (ROI) DA NR1: PREVENIR CUSTA MENOS QUE REMEDIAR

No ambiente corporativo atual, a gestão de riscos ocupacionais deixou de ser apenas uma obrigação legal. Tornou-se um fator crítico para sustentabilidade financeira, reputação corporativa e competitividade de mercado. A recente atualização da NR1, com a inclusão dos riscos psicossociais no Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO), trouxe um novo desafio para os gestores: “Quanto vai custar implementar tudo isso?” Mas a pergunta mais estratégica é: “Quanto custa não implementar?” O custo oculto da não conformidade Diversas instituições têm quantificado os prejuízos relacionados à ausência de uma gestão adequada de riscos ocupacionais. Veja os principais impactos financeiros de não implementar a NR1 de forma efetiva: Tipo de Custo – Valor Médio R$ 4.000 por unidade- gravidade/100 a 250 empregados Fonte: Portaria MTP nº 667/2021- NR 28 R$ 21.300 por caso Fonte: SmartLab MPT-OIT – “Observatório de SST”, 2024 R$ 80.000 por processo Fonte: TST – “Estatística Processual da Justiça do Trabalho”, 2023 R$ 5.000 a R$ 15.000 por trabalhador por não conformidade (NR1/GRO) R$ 4.000 por unidade- gravidade/100 a 250 empregados Fonte: Portaria MTP nº 667/2021- NR 28 R$ 21.300 por caso Fonte: SmartLab MPT-OIT – “Observatório de SST”, 2024 R$ 80.000 por processo – média Fonte: TST – “Estatística Processual da Justiça do Trabalho”, 2023 R$ 5.000 a R$ 15.000 por trabalhador Fonte: ABRH – “Impactos Financeiros da Rotatividade”, 2023 R$ 1.800 por trabalhador/mês (≈3% da folha) Fonte: USP – Departamento de Medicina do Trabalho – “Custos Indiretos dos Transtornos Mentais”, 2022 R$ 100.000 a R$ 250.000 por processo – média Fonte: Procuradoria-Geral Federal – “Relatório de Ações Regressivas Acidentárias”, 2023 R$ 500 mil a R$ 5 milhões Fonte: BGC – “Impactos da Nova Lei de Licitações”, 2022 Exemplo prático: O ROI da prevenção Cenário: empresa de médio porte (200 trabalhadores) que posterga a implantação da NR1. Custos evitáveis em 12 meses: Custo total evitável: R$ 562.500 Investimento médio para implementação da NR1: R$ 20.000,00 – valores menores são possíveis ROI calculado: 1.025% (Equivalente a R$ 11,25 economizados para cada real investido) Metodologia de cálculo: FUNDACENTRO – “Metodologia de ROI em SST”, 2023. Além dos números: O valor estratégico da conformidade A vantagem não é apenas financeira. Organizações que adotam uma gestão eficiente de riscos psicossociais e ocupacionais também colhem benefícios estratégicos: Caminho para a segurança jurídica: Integração entre ergonomia e jurídico trabalhista A construção da segurança jurídica em SST não pode ser tratada como uma ação isolada. Exige sinergia entre os times de Ergonomia, Jurídico, RH e SESMT. Todos os profissionais que entendem a ergonomia na organização do trabalho estarão envolvidos neste processo. Conforme aponta a NR1, há que se estabelecer a compreensão da saúde da organização do trabalho. Quem fica doente não é só o trabalhador, mas o trabalho. Esta é a tônica da nova NR1. É isto que as empresas terão que considerar, dentre outros aspectos. Passos estratégicos recomendados Conclusão Prevenir custa menos do que remediar. Mais do que isso, prevenir é uma decisão de governança, gestão de riscos e sustentabilidade empresarial. A gestão integrada de riscos é o melhor seguro contra o passivo trabalhista e um diferencial competitivo em tempos de ESG e governança corporativa. Eduardo Pastore – advogado trabalhista Luiza Mello- ergonomista Camila Cavalcanti – advogada trabalhista
Sindeprestem participa do 30º Encontro de RH do GRUCA e reforça compromisso com a inovação e o desenvolvimento humano nas organizações

O Diretor Financeiro do Sindeprestem, Edmilson Luiz Formentini, representou a entidade no 30º Encontro de RH promovido pelo GRUCA – Grupo Campinas de RH, realizado no dia 24 de junho em Campinas. Com o tema “As Estações do RH”, o evento propôs uma jornada simbólica e reflexiva pelos desafios contemporâneos da área de Recursos Humanos, conectando a atuação dos profissionais do setor às mudanças sazonais — do calor da inovação ao florescimento do futuro do trabalho. O encontro contou com a mediação da jornalista Glória Vanique e a presença de especialistas de renome nacional, como André Barcauia (FGV), Ramon Martins (TOTVS), Patrícia Ansarah (Instituto de Segurança Psicológica), Amanda Costa, Alberto Roitman, Felipe Bragatto (Escola do Caos), e Viviane Mosé, filósofa e psicanalista. A programação foi dividida em quatro painéis, representando cada estação: A participação do Sindeprestem reforça o compromisso da entidade com o diálogo qualificado, a valorização das pessoas e o investimento contínuo em conhecimento e inovação para as empresas do setor de serviços. O evento foi também uma excelente oportunidade de networking com líderes de RH de grandes empresas e especialistas em tendências de gestão de pessoas.